O ‘pau vai cantar’

SALVADOR – Toda vez que desembarco na capital baiana é como se estivesse entrando dentro de mim mesmo, das origens africanas e me entremeando com a força cultural incomum de um povo acolhedor, tanto quanto os nascidos no bairro da Torre, na ainda pacata (comparativamente ) João Pessoa.

Daqui – como estando olhando bem perto daí ou d’alhures – bênçãos e reflexões se fazem comuns diante do olhar futuro sobre mais uma dura campanha eleitoral neste imenso País de força respingando em cada aldeia estadual – no nosso caso – expondo uma ‘guerra’ tal qual ‘a rinha’ proibida, mas existente em tantos lugares.

Afora os diálogos (ótimos, como sempre) mantidos em terra soteropolitana, me salta aos olhos, via WSCOM, depoimentos de tantos líderes políticos paraibanos se preparando para a disputa deste ano dispostos a enfrentar, inclusive a baixaria, comum nas eleições presidenciais americanas, no parlamento brasileiro ou na sucessão dos Índios Africanos.

Foi o senador Efraim Morais, presidente da CPI dos Bingos e, ultimamente, expert em polêmica – mais do que ‘galo de briga’- quem soltou a senha: ‘se for Cícero o candidato ao Senado, ele começa a campanha ‘atirando logo’ no senador Suassuna’.

Entendamos ou decifremos o conteúdo ao ‘pé da letra’: Efraim disse que, se a hipótese de disputa de Cícero for pelo Senado, já no primeiro momento vai buscar chamar Ney para a ‘guerra de denúncias ”- ainda referindo-se ao processo no Ministério Público Federal, mesmo Ney dizendo nada existir comprobatoriamente.

Levando em conta tal assertiva (eita como a linguagem anda chique!) a Paraíba vai ter de se acostumar com o ‘jogo sujo ’de se espalhar lamas para tudo o que é lado expondo na tática do ‘quanto pior, melhor’ a falta de debate mais elevado sobre o que fazer de fato em nome do Estado no Senado Federal. É a sobrevida pessoal se impondo acima da construção coletiva.

Há que ser dito que, independentemente da Operação Confraria ( enorme calo na vida pública de Cícero Lucena ) e do processo no MPF na direção de Ney, o eleitor vai, sim, medir e pesar os aspectos de licitude e ética na política, assim como o desempenho real de cada um dos candidatos – ‘pratrazmente’ ou ‘prafrentemente’- como diria o lendário Odorico Paraguassú.

Será o saldo desse conjunto de valores, a essência da escolha em outubro/2006. Quem viver, verá.

Autor do recesso

Passou desapercebido, isto é, a grande mídia não deu muita bola ou difusão, mas é do deputado federal Inaldo Leitão a autoria do processo reduzindo o recesso parlamentar para 50 dias, conforme aprovação na Câmara Federal, no meio da semana.

A matéria, a rigor, começou com provocação do deputado Antonio Fleury Filho, entretanto, foi a PEC (emenda constitucional) do parlamentar paraibano quem serviu de aglutinativo para o desfecho conhecido.

No Parlamento, Inaldo se distingue como formulador legislativo com reconhecimento pelas principais lideranças políticas do Congresso.

Zequinha, candidato

A Paraíba vai precisar se acostumar com esse nome e projeto: Zequinha, candidato a deputado federal. O apelido e seu diminuitivo em nada bate com a força econômica do atual prefeito do Congo, empresário de sucesso a partir de Brasília no ramo moveleiro, hoje renovando a gestão público da pequena cidade do Cariri.

Embora o deputado Carlos Dunga tenha anunciado que tem o apoio de Zequinha, na prática não é bem assim, como apurou a Coluna.

O ‘home’ anda querendo mesmo ser candidato a federal.
Anotem.

Última

“Vou me juntar ao Olodum/
Que é da alegria…”

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